Transição energética depende de transformação digital, diz diretor da Aneel


Para Sandoval Feitosa, setor elétrico é um dos líderes na geração de dados e todos os sistemas serão cada vez mais interligados e remotos.

Da adoção massiva do home office à operação e manutenção de equipamentos online, a pandemia provocou, em questão de meses, mudanças significativas no setor elétrico. E se quiser continuar crescendo com sustentabilidade, o setor vai precisar passar por uma grande transformação digital, que dará base, inclusive, à transição energética. Essa foi uma das principais conclusões apontadas durante o 2º UTCAL Summit Online 2021.

Na análise do diretor da Agência Nacional de Energia Elétrica, Sandoval Feitosa, uma operação inteligente e remota trará ganhos efetivos de produtividade ao setor. Segundo ele, “a transição energética só será viabilizada por uma transformação digital”. Feitosa acrescenta ainda que o setor elétrico brasileiro terá que superar profundas deficiências que vão desde a formação do pessoal até substituição equipamentos antigos, incapazes de produzir qualquer tipo de dado ou análise digital.

“O sistema está cada vez mais interligado e remoto. Em 2001, tínhamos cerca de 71 mil km de linhas de transmissão. Hoje temos quase 165 mil km de linhas. Em 20 anos, nós mais do que dobramos nossa capacidade instalada”.

Na análise de Feitosa, a inteligência artificial associada à análise inteligente de dados possibilitará que o setor elétrico ofereça serviços que atendam o consumidor com mais precisão e satisfação, além do aproveitamento adequado das fontes renováveis.

Ataques ao sistema
O crescente risco de ataques cibernéticos colocou o setor elétrico em estado de atenção no último ano. No último ano, algumas concessionárias sofreram ataques cibernéticos que afetaram a operação de seus sistemas de TI. Em razão disso, o Operador Nacional do Sistema (ONS) determinou a criação de controles mínimos de cibersegurança nos centros de operação.

Mesmo com toda robustez, o setor sofre rotineiramente ataques, tendo uma grande escalada a partir de 2013. Entretanto, os dados consolidados da Aneel são até 2017, o que evidencia uma lacuna temporal de informações que deve ser ainda mais grave, já que, segundo Feitosa, “a pandemia de covid-19 aumentou bastante os ataques em números e em gravidade”.

De acordo com dados da Cisco, no ano de 2017, foram mais de 28 mil notificações de tentativas de ataques às redes do governo brasileiro, que cada vez mais vem se tornando alvo constante de ataques. Mais da metade dos ataques custaram prejuízos superiores a R$ 500 mil cada.

Fonte e Imagem: Canal Energia
https://canalenergia.com.br/noticias/53185493/transicao-energetica-depende-de-transformacao-digital-diz-diretor-da-aneel

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